sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sexualidade e seus tabus

Não há assunto que gere mais curiosidade (e constrangimento!) do que a sexualidade humana. É só dar uma olhada nas capas de revista para ver manchetes vendendo receitas para uma boa vida sexual: “Manual da primeira vez”, “Saiba como apimentar seu casamento”, “Dicas para manter o fogo na maturidade”, e por ai vai... Homens e mulheres, das mais variadas idades buscam tais leituras na esperança de descobrir a receita para a satisfação sexual.
Atualmente há um crescente reconhecimento da importância da sexualidade, tanto que a OMS - Organização mundial de Saúde - preconiza que ter qualidade de vida engloba quatro aspectos fundamentais: família, trabalho, lazer e sexo. Em geral, as pessoas tem facilidade para buscar ajudar nos primeiros 3 aspectos, mas procurar tratamento para problemas na sexualidade
ainda é busca de poucos..
Muitos são os motivos para empurrar com a barriga os problemas sexuais; e neste sentido há 3 mitos que precisam ser combatidos:
1- “Sexo é algo inato e natural” - A crença de que já nascemos sabendo o suficiente sobre sexo é a maior vilã da sexualidade! Como no esporte, a
qualidade do atleta vai depender do conhecimento das suas capacidades físicas, do aprimoramento da técnica e da disciplina em buscar se superar a cada treino. Neste sentido, uma boa vida sexual dá trabalho, exige tempo, dedicação, busca por informação e novidades,
tanto no sentido do auto-conhecimento (saber o que lhe dá prazer) quanto no conhecimento do outro e de suas preferências. Além disso, é preciso contextualizar a vida sexual à faixa etária, pois a vida sexual muda a cada década, sendo importante saber o que esperar do sexo aos 20, 30, 50, 60 anos... Na maioria das vezes pequenas mudanças geram grandes resultados!
2- “O casal se entende só no olhar” - É mito que a sintonia na cama é algo espontâneo e que portanto o dialogo é dispensável. Ao contrário, uma boa vida sexual depende da boa comunicação do casal! Não podemos esperar que o outro adivinhe ou “leia nas entrelinhas” o que agrada ou desagrada na cama, pois homens e mulheres são muito diferentes em seu nível de percepção. Geralmente os homens têm mais facilidade em pedir o que querem e tendem a dirigir o espetáculo, mas a maioria aprecia muito as iniciativas femininas. Aproveitar a intimidade do momento para elogiar o que é bom e sugerir o que pode ser ainda melhor é o caminho para a satisfação mútua.
3- “O que mais importa é qualidade não quantidade” – Sem dúvida temos que buscar qualidade, mas neste caso quantidade gera qualidade. Ao contrário do que muitos pensam sexo é algo que quanto mais se faz, mais se quer fazer... e também quanto menos se faz menor é o desejo e menor a freqüência, e isso é uma questão fisiológica! Desta forma precisamos ter disciplina na sexualidade e reservar momentos para buscar o desejo, ao invés de simplesmente esperar que ele aconteça. É preciso dedicar tempo e energia para a vida sexual, reservando espaço para ela na corrida agenda do dia-a-dia.
Como podemos ver, falar de sexualidade abre um leque amplo de novos conhecimentos. A terapia de casal se propõe a trabalhar a sexualidade, afinal ele é o alicerce de uma boa relação
conjugal. Muitos casais seriam capazes de vencer as batalhas do dia-a-dia se conseguissem se abastecer emocionalmente de uma vida sexual satisfatória.

Um comentário:

  1. Concordo. É muito fácil deixar-se levar, sempre esperando q o outro tome iniciativa qd se tem uma vida cansativa ...
    Principalmente qd sempre se espera q o homem tome iniciativa. Muito cômodo p as mulheres ...
    Mas qd a pessoa está sorridente no trabalho, todo mundo pensa, esse(a) se deu bem ontem ... rs

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