
Apesar do divórcio ser uma realidade cada vez mais presente, não podemos esquecer que é uma crise inesperada do ciclo evolutivo da vida familiar. Por ser uma crise, demanda muita energia e estrutura psíquica para ser elaborado sem grandes traumas.
Nesta crise todos sofrem, pois ela gera uma mudança na estrutura da família, muitas vezes desorganizando os papéis e hierarquias, gerando conflitos de lealdade, etc. O casal se vê sobrecarregado: precisa elaborar sua dor pessoal como homem/mulher, sofrendo com o luto da vida conjugal, e ainda se manter organizado como pais, podendo acolher e cuidar da dor dos filhos. Não é uma tarefa fácil, por isso muitas vezes tanto os pais quanto os filhos precisam de ajuda para superar estas mudanças.
1ª) Reconhecimento da separação conjugal
2ª) Obtenção de um distanciamento do conflito conjugal e a retomada dos afazeres cotidianos
3ª) Resolução da perda
4ª) Resolução da raiva e da auto-acusação
5ª) Aceitação da permanência do divórcio
6ª) Esperança realista em relação ao seus próprios relacionamentos no futuro
Não há um tempo estimado para passar por esses estágios, pois tudo vai depender do desenrolar do processo de divórcio e da capacidade da família se organizar para passar pela crise. A psicoterapia, tanto individual quanto familiar tem muito a ajudar neste processo, pois um profissional bem qualificado pode identificar em que estagio a família esta e ajudá-la avançar rumo a uma melhor qualidade de vida.
* Resumo do artigo “ Divórcio – Uma batalha a ser superada pela família” – Trabalho de conclusão do 1º Ano da Especialização em Terapia de Casal e Família no CEFI - Porto Alegre – Autoras: Dayani Croda Machado e Juliana Mano Hartmann