quarta-feira, 13 de maio de 2009

BULLYING – Um grave problema

O ano letivo começou e passada a euforia dos primeiros dias de aula os problemas escolares começam aparecer. Hoje em dia, além dos problemas individuais mais comuns (agressividade, hiperatividade, problemas cognitivos, depressão) os educadores se vêem frente a um problema mundial crescente: o Bullying.
O termo Bullying significa ameaça ou intimidação. É usado para identificar uma prática escolar que consiste em atitudes abusivas, agressivas, intencionais e repetidas, por parte de um agressor ou grupo de agressores, que perdura por um longo período de tempo. Esses comportamentos ocorrem sem motivação aparente, entre iguais (relação aluno-aluno), porém, dentro de uma realidade desigual de poder, gerando intimidação na vítima, dor, angústia e sofrimento físico e/ou emocional.
Há 3 tipos de manifestações do Bullying:
Físico: consiste em práticas como bater, roubar, danificar objetos alheios
Verbal: consiste em provocar, usar apelidos pejorativos, ameaçar, intimidar
Relacional: consiste em exclusão social, humilhação, espalhar rumores, por fim a amizades propositalmente
O Bullying tem conseqüências muito nocivas a todos os envolvidos. Tanto quem sofre o comportamento abusivo (alvos), quanto quem assiste a essa violência (testemunhas) acaba sendo gravemente afetados por ela. Não podemos esquecer que são nos anos escolares que estamos estruturando nossa personalidade, nos capacitando socialmente, e que num ambiente de humilhação e intimidação isso não ocorre saudavelmente.
As vítimas de Bullying apresentam comportamentos bem característicos: a criança tornar-se mais retraída, apresenta queda no rendimento escolar, falta de concentração, fobias, perda da vontade de ir ao recreio, tentativas de fingir estar doente para não ir à aula, além de diversos outros sintomas depressivos. Pode ocorrer da criança tornar-se agressiva ou irritadiça, como um reflexo das agressões que esta sofrendo.
A dinâmica do Bullying é complexa e segue os mesmos parâmetros de outros abusos: a vítima fica envergonhada e pode não delatar a agressão. Esse sofrimento solitário é devastador e trás graves danos a auto-estima da criança, afetando todo o seu desenvolvimento.
Toda a sociedade precisa ficar alerta e esse problema. Apelidos pejorativos, discriminação, “brincadeira” violentas, pequenas humilhações NÃO são “coisas normais de criança”! Isso se chama Bullying, trás prejuízos a todos e necessita de atenção especial. É preciso elaborar campanhas de conscientização dentro e fora da escola. Professores precisam ser preparados para lidar com isso, pais necessitam de orientação para ter diálogos com seus filhos sobre esse problema. Com certeza a interação família-escola é o melhor caminho para erradicar esses comportamentos.
Quanto a aqueles que já sofrem com o Bullying é preciso remediar os estragos. Vítimas e agressores podem precisar de ajuda psicológica especializada para superar o problema. O caminho é esse: aliar prevenção com reparação, buscando uma melhor qualidade de vida dentro da escola.

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